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Sexta-Feira, 29 de Março de 2024
Notícia : 14/02 - Indústria de SP prevê exportar 8,1% mais este ano
As empresas industriais paulistas esperam um aumento de 8,1% nas exportações em 2006. Esse resultado da sondagem, realizada pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) em dezembro do ano passado, foi considerado surpreendente pela entidade, pois mesmo com um câmbio pouco favorável as indústrias planejam expandir as vendas externas. No entanto, de acordo com o estudo da Fiesp, para que as exportações brasileiras atinjam a meta estabelecida pelo governo, de US$ 132 bilhões, será preciso que as exportações dos demais setores que não a indústria cresçam nada menos do que 32,3% no ano.

O economista da MB Associados, Sergio Vale, aposta em um crescimento menos vigoroso das exportações de produtos manufaturados e, por isso, prevê que as vendas externas cheguem a US$ 126 bilhões, número abaixo da meta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. "Para atingir os US$ 132 bilhões teríamos que exportar uma quantidade muito grande de produtos básicos e minerais", avalia. Pelas estimativas de Vale, o volume exportado dos básicos deve aumentar em 7%, enquanto os preços devem subir em torno de 15%. Em valores, a alta pode chegar aos 20%. "É um bom desempenho, mas não suficiente para atingir a tal meta", afirma.

Vale explica que os produtos básicos dependem mais do movimento de preço das commodities no mercado internacional, do que de uma taxa de câmbio favorável. "E, como a China é um grande comprador nosso de itens básicos e os preços internacionais estão em alta, a perspectiva é bem positiva", diz.

Já para os produtos manufaturados, que competem em mercados na Europa e nos Estados Unidos com produtos chineses e indianos, o cenário é menos favorável. "Com o real valorizado frente ao dólar e a grande competitividade da China, fica mais difícil para as empresas desse ramo aumentarem as vendas externas". No caso dos móveis, por exemplo, os chineses compram a madeira brasileira e depois competem com o Brasil na venda de mobiliário.

Entre 2004 e 2005, as exportações brasileiras cresceram em valores 22,6%, acima dos 21% estimados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) para o aumento das exportações mundiais. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento acima do resultado mundial. No entanto, em 2006, André Rebelo, gerente do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, acredita que o país não conseguirá repetir esse desempenho. Para o gerente da Fiesp, a indústria tem perdido muita força e agora os ganhos de produção "são mais por efeito estatístico do que por real aquecimento".

Com o câmbio apreciado, a situação fica cada vez mais complicada para esse setor. Segundo ele, mesmo que as exportações brasileiras tenham se elevado em 2005, isso não significa que as empresas estão ganhando mais dinheiro. "Elas perderam rentabilidade para não perder mercado. Às vezes é melhor ganhar menos ou até perder dinheiro do que deixar um comprador de lado." Além disso, para Rebelo, as empresas não conseguem direcionar parte da produção para o mercado interno e, por isso, persistem nas exportações.

Cristiana Sant"anna, da LCA Consultores, também vê as previsões do governo como muito otimistas. A consultoria projeta que as exportações brasileiras cheguem a US$ 126,6 bilhões, com um dólar na casa dos R$ 2,45 ao fim do ano. Os manufaturados, nas estimativas da LCA, devem ter uma alta em valor de 5,1%, um resultado bem inferior ao de 2005, quando as exportações desses produtos tiveram alta de 23,5% sobre o ano anterior. "Não há como sustentar um bom ritmo com o câmbio nesse patamar", comenta a economista.
Fonte: Valor Online

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