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Quinta-Feira, 25 de Abril de 2024
Notícia : 01/02 - Fabricantes de latas negociam preço do aço
Os preços do aço para embalagens, em especial as folhas-de-flandres utilizadas na produção de latas, podem ficar mais baratos em 2006. Os fabricantes de latas fecharam o ano passado com um volume de estoques de chapas relativamente alto e os preços internos praticados pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) estão bastante acima das cotações internacionais, de acordo com indústrias do segmento de estamparia de latas. A usina conclui, até o fim da semana, levantamento pelo qual irá analisar alternativas para atender à demanda pelas folhas.

“É provável que haja corte nos preços das chapas, pois a CSN pratica preços domésticos muito superiores aos do mercado externo e o setor de latas passa a importar o insumo”, afirma Rogério Marins, presidente da Metalgráfica Iguaçu . Ele comenta que é provável que a CSN passe a conceder descontos por quantidade, oferecendo preços mais baixos na aquisição de maiores volumes. “Eles ainda não possuem esse tipo de prática, comum a qualquer segmento industrial. Quem compra mais, geralmente paga menos”, diz.

Segundo Marins, a usina produz, em média, 1,1 milhão de toneladas de folhas-de-flandres por ano, sendo que a demanda interna gira em torno de 600 mil toneladas. “O restante eles acabam exportando a preços bem mais baixos do que os praticados no Brasil”, explica o empresário. Mas Marins também afirma que a importação de chapas por parte do segmento de latas é cada vez mais freqüente. “Não há uma origem fixa. Importamos chapas de países como França, Inglaterra, China e Canadá”.

Quanto ao risco de escassez de chapas, devido ao acidente no alto-forno da CSN, Marins afirma que a própria usina pode se abastecer de placas de aço no exterior, conduzindo o processo de laminação a partir daí. Além disso, os fabricantes de latas estão bastante estocados de matéria-prima, segundo ele, além de poderem recorrer a usinas de outros países.

A ausência de descontos por quantidade e os preços praticados no mercado interno prejudicam a competitividade da lata perante embalagens de outros materiais. De acordo com Ricardo Lacerda, diretor comercial da Companhia Brasileira de Latas (CBL), o aço ainda é um material caro no mercado de embalagens. “O aço possui um preço relativamente alto no Brasil. Os sucedâneos presentes em alguns segmentos de embalagens, como o polietileno tereftalato (PET) e o próprio alumínio, ganham mercado com base no preço”, explica.

Lacerda afirma que o PET tornou-se um forte concorrente da lata de aço nos últimos anos, conseguindo inclusive um certo ganho de mercado no ano passado. Antes disso, lembra o diretor, o alumínio praticamente tomou o mercado de bebidas do aço, prejudicando algumas empresas do segmento, como a própria Metalúrgica Matarazzo, indústria que daria origem à própria CBL. Na visão do executivo, o que está mantendo em alta os negócios para a CBL são as parcerias firmadas com clientes como a Basf e a Nestlé , para o desenvolvimento de latas e embalagens para nichos específicos.

A CSN prefere não comentar sua política de preços, mas informou que deve concluir, até o final desta semana, análise de como o grupo deverá atender à demanda de folhas-de-flandres.


Acidente

Além da possibilidade de flexibilização nas práticas comerciais, levantada pelos consumidores das folhas-de-flandres, a CSN deverá passar por um desconforto adicional nos primeiros meses do ano, em decorrência do acidente em seu alto-forno nº 2, ocorrido na última semana. Embora os danos tenham sido mínimos, segundo a siderúrgica, e estejam cobertos por uma apólice de seguro que cobre com folga os danos materiais e lucros cessantes, a parada do alto-forno pode refletir negativamente nos volumes de produção da empresa no primeiro trimestre.

Os seguros de grandes riscos para siderúrgicas estão entre os mais dispendiosos para o setor produtivo, segundo Luiz Alberto Mourão, diretor da área de riscos industriais da Mapfre Seguros . “No caso de outras indústrias, como petroquímicas, a produção algumas vezes pode ser direcionada para outra planta. Uma siderúrgica fica mais engargalada na produção do alto-forno”.

Além das usinas de aço, as petroquímicas e os segmento de distribuição e transmissão de energia elétrica geralmente possuem os maiores prêmios de seguros, de acordo com Mourão. “Apesar de não ser nosso cliente, estimo que a CSN deva arcar com uma franquia em torno dos US$ 5 milhões”, comenta o diretor.

Outro aspecto, segundo o executivo, é a grande importância do seguro de lucros cessantes para setores de base da indústria. “Os equipamentos a serem substituídos são, fatalmente, de grande porte, e sua remanufaturação exige longo prazo, que pode chegar a alguns anos”, diz. Mourão afirma que a maior preocupação dessas indústrias é a perda de participação de mercado com a ocorrência de paradas, situação que não poderia ser compensada nem mesmo pelo acionamento do seguro de lucros cessantes.

O diretor também explica que, em geral, seguros desse porte possuem renovação anual. “O processo de renovação, ou obsolescência, da indústria, atualmente, é muito rápido e exige constantes reavaliações nas questões referentes a seguros”.


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Arcelor busca parceira na Ásia para combater oferta hostil da Mittal

A Arcelor SA , que recebeu uma oferta hostil de compra no valor de 18,6 bilhões de euros (US$ 22,5 bilhões) da Mittal Steel Co. , disse que pode tentar fazer uma aliança com uma siderúrgica asiática para combater a oferta. “Tomaremos medidas legais e podemos até mesmo considerar uma aliança ou algum tipo de cooperação”, disse ontem Gonzalo Urquijo, diretor financeiro da Arcelor, sem informar quais seriam os possíveis sócios do negócio.

O principal executivo da Arcelor, Guy Dollé, disse na segunda-feira que pretendia se reunir com a Nippon Steel Corp. , a terceira maior siderúrgica mundial, ainda esta semana. A tomada do controle acionário da Arcelor pela Mittal criaria uma empresa que dominaria 10% da produção mundial de aço e fabricaria três vezes mais metal do que sua concorrente mais próxima. A família Mittal ficaria com 51% das ações dessa empresa e controlaria 54% do direto a voto.

A Arcelor, a segunda maior siderúrgica mundial, disse na segunda-feira prever que a atual disputa com sua maior concorrente se estenderá por cerca de seis meses. O conselho administrativo da Arcelor rejeitou por unanimidade a oferta da Mittal no dia 29 de janeiro passado. Sindicatos trabalhistas da Espanha e da Bélgica condenaram a oferta da Mittal.

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, declarou ontem ao Parlamento de seu país também ser contrário à oferta. O país é o maior acionista da empresa, com cerca de 5,6% de suas ações. “Não somos capazes de reconhecer um conceito industrial nas propostas da Mittal e somos contrários à sua oferta pública”, disse Juncker ontem ao Parlamento de Luxemburgo. “Esta é a primeira vez em que vejo uma oferta de compra de controle acionário tão mal preparada”, afirmou o ministro da Fazenda da França, Thierry Breton.

Mittal

O magnata do aço, Lakshmi Mittal, se encontra hoje com a chefe da área de competitividade européia, Neelie Kroes, para discutir a oferta hostil de compra apresentada pela Mittal à Arcelor. “Não é comum que um proponente se encontre com a Comissão no caso de uma oferta hostil”, comentou o porta-voz da área, Jonathan Todd. Situações de oferta amigável de compra, normalmente, começam com uma conversa com a Comissão Européia antes da investida. No entanto, em uma oferta hostil, isso não é usual. “Não fico chocada com grandes ou pequenas fusões”, disse. A Comissão Executiva da União Européia ainda não recebeu pedido de nenhuma das duas companhias para autorizar a fusão e Kroes disse que avaliará a questão em conformidade com as regras competitivas da UE.

Mittal também vai se encontrar com autoridades do governo belga, de acordo com o porta-voz da siderúrgica.


China manterá produção mundial em alta até 2010

A produção mundial de minério de ferro deve continuar em rota de crescimento nos próximos cinco anos, puxando também para cima as cotações internacionais da commodity. O movimento poderá dar largada a uma nova onda de fusões e aquisições no setor, ao mesmo tempo em que aumentarão os investimentos em prospecção de novas áreas e a reabertura de jazidas que não eram consideradas economicamente viáveis.

A avaliação é de Ronaldo Valiño, sócio-líder da área de mineração no Brasil da consultoria PricewaterhouseCoopers (Pwc). De acordo com o especialista, a China permanecerá como o principal importador mundial até 2010. Atualmente, o país já é responsável por 30% do consumo mundial de minério. "O crescimento, entretanto, não deverá chegar aos patamares obtidos em 2005, mas as mineradoras ainda terão bons resultados nos próximos anos", afirmou.

Em 2005, a gigantesca demanda por aço - principalmente na China - fez explodir a produção de minério de ferro. Números preliminares recém-divulgados pelo U.S. Geological Service (órgão que regulamenta e fiscaliza a atividade mineral nos Estados Unidos) mostram que no ano passado a produção mundial cresceu 11%, passando das 1,43 bilhão de toneladas para 1,52 bilhão, patamar sem precedentes na mineração mundial. As reservas mundiais foram estimadas pelo USGS em mais de 800 bilhões de toneladas de minério bruto, com mais de 230 bilhões de toneladas de minério contido.

Apesar de ser o maior produtor da commodity do mundo, as reservas da China são consideradas de baixa qualidade, obrigando o país a importar minério de Austrália e Brasil para fazer misturas (os chamados "blends") e assim melhorar a eficiência dos altos-fornos das siderúrgicas locais.

Brasil e Austrália, respectivamente, o segundo e o terceiro maiores produtores de minério do mundo - exceto China -, ampliaram sua produção em pelo menos um terço em 2005, num feliz período - para os produtores - em que o preço da commoditiy sofreu um pesado reajuste de 71,5% por conta do aumento de demanda. Em 2006, a expectativa é de que os preços subam entre 5% e 20%. As rodadas de negociações já estão em curso na China e na Europa, segundo Valiño.

Boa parte dos gigantescos lucros acumulados no ano fiscal em 2005 pelas principais produtoras mundiais de minério de ferro - BHP Billiton, Vale do Rio Doce e Rio Tinto - deve ser aplicada na expansão de suas instalações, principalmente em logística. "Qualquer incremento de produção deve exigir melhorias na infra-estrutura, de modo a assegurar que a matéria-prima chegue aos portos". A maturação dos investimentos, lembrou Valiño, deve acontecer daqui a cinco anos, equilibrando o desnível atual entre a oferta e a demanda.

O especialista da PwC também chama a atenção para a reativação de diversas jazidas, sobretudo nos EUA, que voltaram a ser economicamente viáveis. "Algumas dessas jazidas devem ser alvo de aquisições por grandes empresas", disse.


Prada inicia programa de reestruturação

Imersa em uma crise financeira e operacional, a centenária Prada, maior fabricante nacional de latas de aço depois da Nestlé, deu início em novembro a um processo de reestruturação que vai culminar com a venda de parte ou toda o bloco de 97,38% das ações pertencentes a um fundo de investimentos americano, com sede em Delaware, chamado Kiskidee Investments Limited LLC.

Com investidores desconhecidos, que os próprios executivos da Prada dizem não saber quem são, o fundo decidirá sua nova participação em 90 dias. A informação é de Luiz Kaufmann, executivo contratado pelo conselho da fabricante para liderar a missão. Ele já fez o mesmo em outras empresas, como a Vésper e a PrimeSys, hoje controladas pela Embratel.

Ex-presidente da Aracruz, Kaufmann pretende ficar um ano na empresa e atingir três objetivos: melhorar os resultados, mostrar aos investidores que a operação é viável e investir na modernização do parque litográfico, o maior da América Latina. Os investimentos em prensas e equipamentos de litografia podem chegar a R$ 80 milhões este ano, segundo ele, dependendo do processo de captação de recursos da empresa.

O maior desafio será reduzir a dívida de R$ 180 milhões que a empresa acumula com bancos e com seu principal fornecedor, a Cia. Siderúrgica Nacional (CSN), que é a única fabricante no país de folhas-de-flandres, material usado na fabricação de latas.

O executivo não descarta a possibilidade de fusão com outra empresa do setor, por acreditar que a consolidação é uma tendência forte no segmento de latas de aço. Uma candidata seria a CBL, empresa do segmento que também vem perdendo mercado e tem uma grande dívida com a CSN. Kaufmann, no entanto, diz que uma fusão com a CBL não seria uma boa alternativa porque ela acumula dívidas fiscais e trabalhistas.

A reforma iniciada na Prada em novembro do ano passado já está mudando as feições da companhia. Uma das primeiras ações de Kaufmann foi enxugar o quadro de diretores, com a saída de oito a dez pessoas. Entre os novos executivos escalados constam Enrique Eiras Mayo, saído da fabricante de conservas gaúcha Oderich e George William Jones, que trabalhou na Cargill e na Philips. Outra mudança foi reduzir o número de pessoas na gerência e criar um plano de carreiras para reduzir o patamar de salários.

No chão de fábrica, a operação de empilhadeiras, que ocupava 45 funcionários, foi terceirizada e a fabricação interna de tintas para litografia foi abandonada e os equipamentos postos à venda. Com a compra de máquinas automatizadas, mais demissões na fábrica devem acontecer, segundo Kaufmann. Hoje, a companhia fabrica 1 bilhão de latas por ano.

O planejamento inclui o desenvolvimento de novos produtos em parceria com 20 clientes-chave, que representam 80% do faturamento da metalúrgica, entre eles Basf, Du Pont, Tintas Coral, Parmalat e Bayer. Outra meta é reformular o portfólio de produtos para elevar margens operacionais. "Até o momento este trabalho não era feito de forma sistemática", diz.

Entre os novos desenvolvimentos, ainda em fase de testes, está uma embalagem de aço expandida para o Nescau, da Nestlé. O aluguel do imóvel, no bairro de Santo Amaro, que ainda pertence à família fundadora da empresa, foi renovado até 2015. Outra fábrica da Prada fica dentro de uma unidade da Parmalat, em Araçatuba (SP).

Esta será a terceira vez que a Prada, que fatura R$ 450 milhões, troca de mãos nos últimos quatro anos. A primeira ocorreu em 2002, quando a família Prada vendeu o controle para o empresário Jaime Schreier, ex-presidente e acionista da Armco, empresa laminadora de aço.

Na ocasião da compra, Schreier constituiu o fundo denominado Kiskidee, sediada nos Estados Unidos, para onde enviou os recursos da venda de suas ações na Armco e para captar recursos, de acordo com o então advogado do empresário, Marcelo Freitas Pereira.

Logo em seguida, trouxe os recursos ao Brasil, que foram aportados na holding Onomatopéia. Por meio dessa holding fez a aquisição do controle da Prada, sendo em seguida incorporada pela fabricante. Quando decidiu se desfazer do negócio, Schreier vendeu 100% do controle de volta à Kiskidee, já em poder de outros investidores.

Fontes do setor afirmam que o controlador é a CSN, informação refutada pela direção da companhia. Procurada pelo Valor, sua assessoria de imprensa disse que a empresa não se manifestaria sobre as negociações da dívida da Prada .

Uma das razões dessa suspeita é o fato de altos executivos da Prada estarem ligados ao grupo Vicunha, do qual faz parte a CSN, como o presidente do conselho, Rafael Golombek, que é diretor de relações institucionais da Vicunha Têxtil.

Uma explicação dada por Kaufmann para esse acúmulo de cargos é o interesse da CSN em manter-se próxima das operações de um de seus maiores clientes, com quem acumula crédito de R$ 140 milhões. As vendas mensais de folhas metálicas da CSN à Prada giram em torno de R$ 30 milhões.


Nippon Steel e JFE têm forte alta no lucro

As siderúrgicas japonesas Nippon Steel e JFE Holdings, respectivamente a primeira e a segunda maiores do Japão em produção, registraram forte alta nos lucros em balanços divulgados ontem.

O bem-sucedido aumento nos preços de produtos de aço de alta qualidade ofuscou a alta nos custos de matérias-primas. A Nippon e a JFE beneficiaram-se da estratégia de elevar os preços dos produtos de alta qualidade, vendidos para montadoras e fabricantes de navios, como meio de compensar os gastos maiores na aquisição de minério de ferro e carvão.

A Nippon registrou lucro de 74,42 bilhões de ienes (US$ 630 milhões) no quarto trimestre de 2005, 12,6% acima dos 66,07 bilhões de ienes registrados em igual período de 2004. O lucro líquido da JFE foi de 170,27 bilhões de ienes (US$ 1,45 bilhão) entre abril e dezembro de 2005, ante 160,06 bilhões de ienes no ano fiscal de 2004.
Fonte: DCI

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