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Terça-Feira, 23 de Abril de 2024
Notícia : 06/12 - Setor de autopeças se une à Apex
O setor brasileiro de autopeças planeja expandir negócios para novos mercados em 2007. Para tanto, fechou um contrato com a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) que garante ao ramo a participação em 12 feiras internacionais até 2008 em Dubai, na Rússia, na China, na Índia, e nos Estados Unidos (para comercializar peças para caminhões), que são os mercados prioritários a serem atingidos, seguidos por França, Alemanha, Espanha, Itália e México. Até o final da próxima semana, o setor deve receber da Agência cerca de R$ 5 milhões para cobrir as despesas com esses eventos nos próximos dois anos.

As exportações das empresas que compõem o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) devem atingir US$ 148 milhões até o final desse ano. Para 2007, a meta é elevar em 8% esse índice, alcançando US$ 159,8 milhões. Para 2008, a projeção é elevar em 10% as vendas para o mercado externo, chegando a US$ 175,8 milhões. Hoje, o contrato conta com 23 empresas, basicamente pequenas e médias, mas até o final do projeto o objetivo é chegar a 153 companhias.

“Nós queremos impulsionar as pequenas e médias empresas nesse setor, porque as multinacionais, como Dana e Magneti Marelli, são responsáveis por 70% das exportações, só que elas as fazem entre as próprias companhias e não de forma direta”, afirma Mário Milani presidente do Sindipeças. Para ele, o acordo de livre-comércio fechado com o México no ramo automobilístico favorece o setor de autopeças para reposição. O Sindipeças, junto com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), pretende firmar, em 2007, um acordo parecido com a África do Sul.

Projetos de exportação

Juan Quirós, presidente da Apex, assinou ontem 26 projetos de exportação para 2007, sendo sete em novos setores: produtos étnicos, eletroeletrônicos de Minas Gerais, autopeças, artes visuais, artesanato cearense e desenvolvimento imobiliário e turístico do Nordeste. Além disso, o presidente, que não sabe se continuará no cargo no segundo mandato de Lula, liberou investimentos de aproximadamente US$ 200 milhões para que os setores apoiados pela Agência garantam a continuidade de suas atividades no mercado externo por, pelo menos, dois anos.

Quirós divulgou também um plano estratégico para os próximos quatro anos. “As empresas não podem sofrer com uma eventual mudança de gestão”, diz o presidente. A estratégia é continuar investindo em logística e distribuição, visando sempre o consumidor final. “O nosso diferencial foi ter instalado inteligência nas ações de exportação. Nós temos 94% do mercado mundial mapeado. E isso quero que se mantenha”, acrescenta.

Em janeiro de 2007, a Apex inaugurará um novo centro de distribuição no Panamá. Até o final do semestre, as cidades de Xangai, na China, e Johannesburgo, na África do Sul, também receberão investimentos nesse sentido. Esses três projetos unem-se aos cinco centros de distribuição já existentes: Dubai, Miami, Portugal, Frankfurt e Varsóvia.

Balanço

O presidente da Apex também fez um balanço da Agência nos seus quatro anos de gestão. De acordo com Quirós, em 2003 havia apenas 2.000 empresas exportadoras apoiadas pela Apex; hoje, são 8.500. No início do mandato, apenas 13 setores englobavam as ações da Agência; hoje já são 70. No tocante à pauta de exportações, os setores que participam dos projetos da Apex representam 68% da pauta brasileira, quando em 2003 eram apenas 20%. “Essa evolução tão marcante deve-se à integração dos projetos. Independente da localização geográfica, as empresas podem participar”, aponta Quirós. Para o próximo ano, o presidente da Apex acredita que as exportações brasileiras, no geral, continuarão evoluindo a uma taxa entre 8% a 12%.

O trabalho da Agência é reconhecido pelas associações participantes. Volnei Benini, presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário (Sindmóveis), aponta que a parceria foi fundamental para a evolução do setor. “Antes, nossas exportações eram tímidas. Hoje, só na parte de cadeia produtiva (venda de componentes de móveis) nós já estamos com US$ 4,8 bilhões em exportação, mais do que o ano passado todo”, diz Benini. Em 2007, o setor de móveis também vai tentar expandir seus mercados com feiras na Turquia, México, Argentina e África do Sul.

José Botafogo

O Brasil precisa reformular sua política comercial e o setor privado deve ser o protagonista na elaboração de medidas que facilitem a relação bilateral do País com os Estados Unidos e outras nações. Essa é a opinião do embaixador José Botafogo Gonçalves, presidente do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (CBRI), que participou da XXV Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos (Cebeu), na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “O Brasil precisa reformular sua política comercial, pois ainda usamos políticas elaboradas em 1960, que deram certo, mas não podem continuar. Os elementos que justificam a existência destas políticas protecionistas não existem mais”, afirmou Gonçalves.

Segundo ele, o setor privado tende a manter uma relação passiva em relação às políticas comerciais do País, mas critica o governo por não dar prioridade ao assunto. “O setor privado critica o governo por não conseguir fechar acordos com os Estados Unidos. No entanto, essas críticas ficam somente do lado das vendas dos produtos. Quando se trata de compra de produtos americanos, o setor privado não quer o livre-comércio”, opinou o embaixador. De acordo com Gonçalves, o Brasil poderia seguir o exemplo de países, como Chile e México, que fizeram acordos com o Estado Unidos e dinamizaram suas economias. O presidente da Seção Brasileira do Cebeu, Henrique Rzezinski, pensa da mesma forma. “É preciso para fortalecer a relação bilateral estável e cooperativa entre Brasil e Estados Unidos, embora tenhamos divergências em algumas áreas, há interesse dos dois países que devem ser priorizadas”, afirmou.
Fonte: DCI - 06/12/2006

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