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Quinta-Feira, 28 de Março de 2024
Notícia : 26/10 - Indústria volta a crescer no 3º trimestre
Mas, segundo a CNI, melhora não animou os empresários

Depois do fraco desempenho do segundo trimestre, a atividade industrial voltou a crescer no terceiro trimestre, mas não o suficiente para melhorar o otimismo dos empresários. A sondagem industrial feita neste mês pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o setor espera crescimento menor do faturamento e do emprego e queda nas exportações nos próximos seis meses.

O resultado da pesquisa surpreendeu o coordenador de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca. Era esperada a manutenção do otimismo registrado em julho. "O resultado mostra que a economia não deve ter crescimento forte no quarto trimestre de forma a reverter as expectativas modestas de expansão este ano, que já foram revisadas para baixo", avaliou. A CNI estima crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Segundo Fonseca, os empresários podem estar sinalizando uma ação mais cautelosa em relação aos investimentos e compra de matéria-prima. "Evidentemente, uma empresa compra da outra e se todo o setor começa a ser cauteloso, acaba não crescendo." Ele acredita que esse fator pode ser um inibidor ao crescimento das pequenas e médias indústrias.

A sondagem industrial mostrou que a recuperação da atividade industrial no terceiro trimestre foi sustentada pelas grandes empresas. As pequenas e médias continuaram excluídas do processo. Mas a CNI acredita que elas devem ter desempenho melhor no quarto trimestre, puxadas pelo resultado das grandes empresas, que são compradoras de matérias-primas das menores.

ESTOQUES ALTOS

O aumento da produção e do faturamento no terceiro trimestre, constatado na pesquisa, interrompeu a seqüência de seis trimestres de recuo ou estabilidade. Os setores que mais aumentaram a produção foram os de álcool, limpeza e perfumaria e produtos farmacêuticos. As principais quedas ocorreram nos setores mais afetados pela valorização do real: vestuário, madeira e couros.

O aumento das vendas, no entanto, não foi suficiente para baixar os estoques, que mantiveram-se estáveis em relação ao segundo trimestre, mas ainda continuam elevados, principalmente nos setores de material eletrônico e de comunicação, vestuário e têxtil.

O nível de utilização da capacidade instalada passou para 73% ante 71% no segundo trimestre. O aumento nesta época reflete o maior dinamismo na produção com objetivo de atender o aumento da demanda de fim de ano. Para os próximos seis meses, a expectativa é de crescimento do faturamento e estabilidade na compra de matéria-prima e do emprego.

CNI vê ameaça às exportações

O coordenador de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, alertou ontem para o risco de uma reversão na cultura exportadora das empresas brasileiras. Segundo ele, os empresários estão sendo obrigados a rever suas estratégias em razão do longo período de valorização do real. A sondagem realizada pela CNI neste mês mostrou que a indústria prevê queda das exportações nos próximos seis meses. O indicador vinha se mantendo estável nos últimos três trimestres.

A sondagem da CNI reflete a expectativa das empresas em relação ao volume exportado. Segundo Fonseca, a queda prevista nas exportações não deve afetar de forma visível o resultado da balança comercial, já que as receitas com as vendas externas têm sido sustentadas pelo aumento dos preços internacionais.

Muitas empresas, no entanto, estão avaliando suas estratégias. "Algumas empresas conseguiram rever preços e compensar parte das perdas com o câmbio. Outras preferiram reduzir a margem de lucro ou acumular prejuízo para não perder mercado, mas chega a algum ponto que isso começa a ficar insustentável."

Ele disse acreditar que a desvalorização do real virá com a retomada do crescimento e com o aumento das importações. Mas questionou a continuidade do ritmo das exportações.



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Desempenho da indústria melhora, mas otimismo dos empresários cai

Os empresários da indústria estão menos otimistas com relação aos próximos seis meses. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa trimestral Sondagem Industrial, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O que surpreende o economista Renato da Fonseca, que divulgou os dados, é que essa redução do otimismo ocorreu justamente no terceiro trimestre, período que teve melhor desempenho industrial, se comparado ao decepcionante segundo trimestre. Para os meses de julho, agosto e setembro, produção e faturamento voltaram a se expandir, depois de seis trimestres de recuo ou estabilidade.

A sondagem do terceiro trimestre também mostra que o otimismo menor afeta todo o setor, independentemente do tamanho da empresa. A retomada do crescimento industrial ainda não está beneficiando pequenas e médias indústrias, e a CNI revela que os estoques continuaram elevados no terceiro trimestre.

Apesar da queda dos juros, Fonseca alerta que o câmbio vem fazendo estragos no otimismo dos empresários. A eleição, mesmo com as pesquisas indicando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também traz "alguma insegurança" para os industriais, diz ele. O economista da CNI espera que o crescimento industrial também chegue às pequenas e médias empresas no quarto trimestre.

De acordo com a pesquisa da CNI, os maiores problemas relatados pelos dirigentes de grandes indústrias são a pesada carga tributária e o câmbio valorizado. No universo das pequenas e médias indústrias, os maiores obstáculos são a carga tributária e o que chamam de "competição acirrada de mercado".

Grandes e pequenas indústrias esperam redução nas exportações nos próximos seis meses. Essa revelação da pesquisa da CNI reforça o alerta que vem sendo dado há bastante tempo. Para Fonseca, o câmbio desequilibrado vem prejudicando alguns setores desde 2003. "Mantendo esse patamar, o câmbio vai empurrar as empresas para o mercado doméstico, revertendo a mudança de cultura da estratégia exportadora. "

Fonseca diz que mais de 60% das vendas industriais são das grandes empresas, mas que 64% dos empregos são gerados por pequenos e médios empreendimentos. Mas em qualquer segmento, o câmbio é preocupante, avalia a CNI. Para o grande exportador, a moeda brasileira mais valorizada significa lucro menor e menos competitividade. Para as pequenas indústrias, o câmbio pode ser decisivo na compra de insumos.

A sondagem da CNI ouviu 215 representantes de grandes empresas e 1.366 executivos de pequenas e médias indústrias. A coleta das informações foi feita entre 3 e 20 de outubro. Na análise por segmento de atividade, o quesito "evolução da produção" revela maior otimismo, em ordem decrescente, nas empresas fabricantes de álcool, limpeza/perfumaria, farmacêuticos e químicos. Os menos otimistas são: equipamentos hospitalares e de precisão, couros, madeira e vestuário. Segundo Fonseca, há nesse resultado um claro impacto do câmbio.

Quando os empresários respondem se há ajuste entre o planejado e o realizado em seus estoques, a pesquisa mostra que as indústrias de material eletrônico e de comunicação, vestuário e têxteis são as que mais acumularam estoques indesejados no terceiro trimestre. Em situação oposta estão os segmentos de material de transporte, alimentos, álcool e bebidas.

Na expectativa de faturamento melhor nos próximos seis meses, os empresários dos setores de bebidas, farmacêuticos, petróleo e limpeza/perfumaria mostraram-se mais otimistas. Para produtos de metal e madeira, o sentimento é oposto.

Na expectativa de evolução das exportações nos próximos seis meses, a pesquisa da CNI mostra otimismo em sete setores, com destaque para limpeza/perfumaria e farmacêuticos. A queda nas vendas externas é esperada por 14 setores, principalmente edição/impressão e têxteis.
Fonte: O Estado SP

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