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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024
Notícia : 27/07 - BNDES deve liberar crédito para montadoras
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai reduzir o spread no financiamento à exportação para as empresas do setor automotivo que mantiverem ou aumentarem o número de empregados.

A informação é do ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que vai discutir o assunto na tarde de hoje com o banco e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

O ministro não soube adiantar os valores que serão liberados com a nova linha de financiamento nem a redução do spread, já que os estudos sobre a redução do spread teria sido conduzida pelo próprio banco estatal.

O setor sempre pede por linhas de financiamentos com redução de juros. O argumento é que os concorrentes internacionais têm acesso a linhas mais vantajosas, o que os tornam mais competitivos. Nos últimos meses, o banco liberou dois empréstimos para empresas do setor com o mesmo objetivo: incrementar as exportações de veículos.

O último foi em abril, quando o BNDES liberou R$ 497,1 milhões para a Volkswagen destinados à expansão da produção de veículos Fox e CrossFox, à atualização dos designs de seus modelos e a melhorias no processo produtivo da companhia. O dinheiro ainda não foi totalmente liberado, segundo o BNDES.

Em novembro do ano passado, o BNDES já havia liberado US$ 303 milhões para a Volks, de um pacote de US$ 853 milhões para montadoras que incluiu Ford (US$ 250 milhões), GM (US$ 200 milhões) e Fiat (US$ 100 milhões). O objetivo também foi promover a exportação de veículos e as empresas tinham compromisso de exportar, juntas, US$ 2,8 bilhões em veículos.

Mas as montadoras mantiveram a expectativa de crescimento de apenas 2,7% nas exportações e alcançar US$ 11,5 bilhões. A cada mês a reclamação do setor aumenta porque a curva das vendas externas teve o crescimento desacelerado ao longo do ano e fechou o primeiro semestre com alta de 5,6%.

Segundo as montadoras, a pressão do câmbio, com o real valorizado frente ao dólar, é a principal responsável pelo crescimento modesto. O fim da obrigatoriedade de internalizar os recursos obtidos com exportações e a possibilidade de utilizar essas dividas para compra de insumos, deve baratear os custos em 4%, segundo a Anfavea (associação das montadoras).

A Volkswagen, no entanto, prevê uma queda de 40% nas exportações até 2008, o que significa produzir e vender 100 mil carros a menos. A projeção levou a empresa a anunciar um plano de reestruturação que inclui a demissão de 4.000 a 6.000 funcionários até 2008.

Segundo o BNDES, o último contrato com a Volks, de R$ 497,1 milhões, já previa que os recursos não poderiam ser aplicados em projetos que resultassem em corte de pessoal. A empresa disse que as demissões nada tem a ver com os projetos realizados com recurso do BNDES.

A GM também se queixa da queda nas exportações e vai reduzir até 960 funcionários na unidade de São José dos Campos (SP) e transferir parte da produção para Gravataí (RS), onde pretende contratar 970.


Centrais

O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, disse que vai participar da audiência marcada para a tarde desta quinta-feira para debater a nova linha de financiamento do BNDES para o setor automotivo. Outras centrais também devem participar da reunião.

A CUT defende que os empréstimos do BNDES para o setor produtivo incluam cláusulas que obriguem as empresas tomadoras a garantir e gerar empregos.


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BNDES eleva linha de pré-embarque

Medida beneficia setor automotivo; custo será totalmente em moeda local

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anuncia, hoje, em Brasília, a ampliação do financiamento de pré-embarque, com custo 100% em reais, para o setor automotivo, antecipou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.

A medida complementa as mudanças no câmbio divulgadas ontem. Furlan disse que a linha de crédito, atrelada integralmente à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), hoje em 7,5% ao ano, poderá ser estendida a outros setores no futuro.

Hoje apenas bens de capital e calçados têm a vantagem de contratar financiamento em reais nas linhas de pré-embarque, que financiam a produção do bem a ser exportado. Os demais setores atendidos na exportação pelo BNDES têm linhas com custo 80% em TJLP mais 20% em dólar, além do spread do banco.

Ao ampliar a abrangência do financiamento do pré-embarque com custo em reais, estará se criando uma alternativa competitiva ao Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), que aumenta a oferta de dólares no mercado, ponderou Furlan. Ele avaliou que as mudanças no câmbio mais o anúncio do BNDES criam ambiente positivo: "O conjunto das medidas vai reduzir a velocidade na internação de dólares."

Furlan considerou o pacote "um bom começo". "Ampliou o que os exportadores pediram porque permite não só a compensação de exportações com importações, mas também com investimentos no exterior. A regulamentação vai dizer com mais detalhe, mas a empresa com investimentos no exterior poderá usar recursos de exportação para fazer investimentos, evitando desnecessários custos financeiros", disse.

Furlan também comentou a regra que prevê que 30% das receitas das exportações poderão permanecer no exterior para pagamento das importações. "Um número ideal seria entre 50% e 60%, mas 30% é um bom número para começar a avaliar com segurança. É mais fácil começar com patamar menor e ir ampliando do que criar expectativa maior e depois fazer ajuste para baixo."

De acordo com o ministro, a Secretaria de Comércio Exterior, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, fez levantamento pegando as 200 maiores exportadoras brasileiras, que representam quase 70% da exportação do país. Com base no trabalho, a percepção é de que, para a maioria das empresas, este primeiro patamar (de 30%) é suficiente porque há grande número de empresas que são exportadoras e importam pequeno valor em relação ao total, disse Furlan.

Ele reconheceu que outros setores, como petróleo, petroquímica, eletroeletrônico e material de transporte (automotivo e Embraer) teriam necessidade de percentuais maiores. "Mas vamos ter um período de experiência e avaliação e possivelmente, a partir desta análise, poderá haver uma liberalização (maior). A medida provisória prevê que o Conselho Monetário Nacional poderá chegar até 100% (de divisas no exterior), se for o caso", disse Furlan.

Ele previu ainda que as mudanças no câmbio vão baratear o custo do investimento no Brasil já que grande parte da importação é composta de máquinas e equipamentos e de componentes e matérias primas. "Estes são custos que terão desconto de 3% a 4% pela desoneração da transação de câmbio. Em média, pode se baratear o investimento em cerca de 3%. Mas para as pequenas empresas o barateamento será maior porque a intermediação financeira é mais cara para pequenos montantes (financeiros)", afirmou o ministro.
Fonte: Folha / Valor

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